As melhores adaptações cinematográficas a partir de livros

As melhores adaptações cinematográficas a partir de livros

Existe a máxima de que o livro é sempre melhor do que o filme. Afinal de contas, é fácil perceber porquê. O livro permite sempre uma riqueza descritiva e narrativa muito maior, já que o filme concentra em hora e meia o que muitas vezes é dito em centenas e centenas de páginas. Ou seja, são diferentes formatos para contar a mesma história, o que faz com que, na maioria das vezes, seja algo injusto fazer essa comparação.

E, no entanto, mesmo sendo verdade que muitas vezes o livro é melhor do que o filme, existem várias adaptações cinematográficas a partir de romances que acabam por ser melhor do que o produto original. E é sobre este que nos vamos debruçar. Fomos olhar para a história da sétima arte e escolhemos 5 exemplos de filmes adaptados a partir de livros, que são melhores do que essas obras originais.

1. O PADRINHO, DE FRANCIS FORD COPPOLA 

Quando se fala de filmes melhores do que o livro em que são baseados tornou-se obrigatório referir este: “O Padrinho”, o filme de Francis Ford Coppola que viria a lançar a respetiva trilogia. Não é que o romance original, do italo-americano Mario Puzo, seja mau. A adaptação de Coppola é que é excelente. Não é por acaso que é considerado um dos melhores filmes de sempre da história da sétima arte e o seu argumento - co-escrito pelo próprio Puzo, em parceria com o realizador - um dos melhores exemplos da escrita de guiões. O que não deixa de ser curioso tendo em conta que o escritor não tinha à altura qualquer experiência em criar argumentos para cinema.

2. CLUBE DE COMBATE, DE DAVID FINCHER

Este é um daqueles exemplos em que, por mais incrível que seja o livro, o filme continua a ser melhor. Falamos de “Clube de Combate”, a adaptação de 1999 que David Fincher fez do romance homónimo de Chuck Palahaniuk, e que hoje em dia é uma obra de culto. Tal como o livro, o filme reflete sobre a angústia existencial dos tempos modernos, de uma forma que projeta o niilismo nos tempos de hoje de forma única. E David Fincher injeta-lhe uma estilização elegante, com a ajuda dos protagonistas Brad Pitt e Edward Norton, que o tornam icónico. Basta ver como a cena final, ao som de “Where is my mind”, dos Pixies, é tantas vezes citada quando se fala de cinema.

3. PARQUE JURÁSSICO, DE STEVEN SPIELBERG

Uma das maiores provas de que o filme “Parque Jurássico” é melhor do que o livro original é que são poucas as pessoas que sabem que o livro existe. Foi escrito por Michael Crichton, um dos autores contemporâneos mais adaptados ao grande ecrã, e transposto para o cinema por Steven Spielberg, um dos mais queridos realizadores de sempre, tornando-se automaticamente num dos filmes mais bem-sucedidos de sempre. Uma das razões da sua popularidade prendeu-se com os seus efeitos especiais brutais, em que se recorria pela primeira vez ao CGI para criar dinossauros hiper-realistas, como se fossem de carne e osso. Tudo isso através dos temas comuns à obra de Spielberg: o núcleo familiar, a aventura e o sentimento de maravilhamento.

4. VOANDO SOBRE UM NINHO DE CUCOS, DE MILOS FORMAN

Ken Kesey escreveu “Voando Sobre um Ninho de Cucos” em 1962 e o romance rapidamente se tornou numa das obras mais importantes sobre a saúde mental e sobre a posição das instituições psiquiátricas nos Estados Unidos durante esse período da História. No entanto, é o filme de Milos Forman, realizado em 1975, que é recordado mais vezes, até devido à interpretação de Jack Nicholson, que tem aqui um dos seus papeis mais icónicos. Não é por acaso que o filme arrecadou cinco Óscares na cerimónia desse ano, catapultando a obra de Ken Kesey para um novo nível de galvanização.

5. O SILÊNCIO DOS INOCENTES, DE JONATHAN DEMME

“O Silêncio dos Inocentes” é um dos filmes mais perturbadores de sempre, apesar de não ser graficamente pesado ou particularmente assustador. É que o serial killer canibal interpretado por Anthony Hopkins é tão desconcertante, que é impossível ver o filme de Jonathan Damme e não nos sentirmos desconfortáveis sempre que ele aparece em cena. Não é por acaso que a maioria das pessoas já tenha ouvido falar do título do filme, mesmo que nunca o tenham visto, mas quase ninguém saiba que este é adaptado de um livro original. Foi escrito pelo autor norte-americano, Thomas Harris, no ano de 1988 e, tal como o filme, é um thriller psicológico, mas que nunca consegue ter o mesmo nível de envolvimento do que a adaptação cinematográfica de Jonathan Damme.


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